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Há cerca de 300 milhões de anos, no Paleozóico, a distribuição das terras emergidas não era a atual. Acredita-se que na época existia apenas um continente, Pangéia, que incluía todos os outros. Hoje, se reconstruíssemos no papel o fascinante quebra-cabeça inserindo as fronteiras atuais, aqui está o mapa que obteríamos.

Era uma vez um grande continente, onde Europa, Ásia, América do Norte, América do Sul, África, Índia, Antártica e Austrália eram um só. Foi Pangéia que , segundo uma série de reconstruções, nasceu há cerca de 290 milhões de anos de dois outros supercontinentes: Laurasia (supercontinente norte) e Gondwana (supercontinente sul). Da fragmentação da Pangéia devido às placas tectônicas, nasceram os continentes como os conhecemos hoje.

Mas e se tentássemos fazer o processo inverso, mantendo intactas as fronteiras dos vários estados do mundo? Para fazer isso no papel foi um artista, Massimo Pietrobon, que criou um mapa com fronteiras políticas modernas.

Muitas de nossas certezas desapareceriam. A Itália seria quase uma com a Tunísia, a Grécia faria fronteira com a Líbia. A Grã-Bretanha não seria mais uma ilha, mas faria fronteira com a França, a Noruega e a Irlanda. Os Estados Unidos cuidariam de Marrocos, Mauritânia, Senegal e Cuba.

Em outras palavras, nova-iorquinos e bostonianos poderiam passar e visitar seus amigos de Casablanca em questão de horas. O Canadá ficaria cara a cara com a Dinamarca, Portugal e Marrocos. Espanha e Argélia seriam unidas.

Adeus praias brasileiras. Na época, se o país tivesse fronteiras atuais, não teria acesso ao mar, fazendo fronteira com a Namíbia e a Libéria.

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Sem falar do Tibete, que não estaria mais ligado à China, mas à Austrália. Este último teria cercado a Antártica e estaria ainda mais ao sul do continente congelado.

É claro que é um jogo de utopia, mas é útil para nos fazermos refletir sobre o fato de que a posição geográfica, as fronteiras, os países de pertença são completamente relativos …

Francesca Mancuso

Foto: Massimo Pietobon

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