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Quarenta e quatro anos atrás, ela havia sido "roubada" do Nobel, quando uma estudante Jocelyn Bell Burnell havia, de fato, descoberto pulsares, mas o prêmio fora concedido ao orientador de sua tese, Anthony Ewish. Hoje a astrofísica se vinga com o Prêmio Revelação.

Sua história deu a volta ao mundo, pois depois daquela injustiça sofrida, Jocelyn Bell Burnell lutou com todas as suas forças pela igualdade em um mundo, o científico, sempre projetado para o sexo masculino. E o fez finalmente ganhando o prêmio Breakthrough 2021 de Física Fundamental, o mais rico reconhecimento para a pesquisa científica (no valor de 3 milhões de dólares, mais de 2,5 milhões de euros).

Dinheiro que já decidiu investir na causa que mais lhe importa, que é a luta contra a discriminação das mulheres no meio acadêmico.

Nascida em 15 de julho de 1943 na Irlanda do Norte, Jocelyn Bell Burnell é graduada em física pela University of Glasgow e PhD pela University of Cambridge. Assim como uma aluna ouvindo o ruído de fundo da gravação feita no céu, ela descobriu um sinal que pulsava regularmente.

A princípio a fonte foi chamada de "LGM" (Little Green Men, homenzinhos verdes em inglês), pois se pensou que poderia ser um sinal de seres extraterrestres. Mais tarde, Jocelyn Bell percebeu que era uma nova classe de estrelas, chamadas pulsares, ou estrelas rotativas ultracompactas que emitem radiação em intervalos regulares.

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A descoberta, porém, passou a ser como num passe de mágica obra de seu orientador e o então aluno nem mesmo foi citado durante a cerimônia. Com o tempo, porém, Jocelyn Bell Burnell conseguiu voar alto, hoje ela é a chefe do Departamento de Física da Open University, na Inglaterra, já conquistou inúmeros prêmios e medalhas e hoje este importante reconhecimento.

Uma mulher forte e tenaz, um exemplo a seguir!

Dominella Trunfio

Capa fotográfica

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