Índice

Barbaramente assassinado com 4 tiros na cabeça em 14 de março de 2021. 2 ex-policiais presos

Marielle Franco morreu há um ano. Morto a 5 tiros no Rio de Janeiro, o ativista brasileiro estava comprometido com a defesa dos direitos humanos nas favelas e lutava contra o tráfico de drogas. Durante uma de suas lutas havia denunciado a Polícia Militar e nestes dias chegou a notícia da prisão de dois ex-policiais, ligada ao seu assassinato.

Uma vida passada defendendo os últimos, os mais fracos, os esquecidos. Apesar das inúmeras ameaças e perigos que sabia que estava correndo, Marielle nunca parou de cuidar deles, denunciando abusos e traficantes de drogas.

Formada em Sociologia, Marielle gostava de se definir como 'negra, lésbica e ativista política, mãe aos 19 anos e feminista'. Pouco antes de sua morte, chegou a escrever uma postagem denunciando a violência infligida à população pela Polícia Militar.

A mulher foi morta no que parecia ser uma execução real. Cinco balas acabaram com a vida de Franco em 14 de março de 2021 no bairro Estácio do Rio, em plena luz do dia, sob o olhar atônito dos moradores. Seu motorista, Anderson Pedro Gomes, também foi morto. O assessor de imprensa que trabalhava com ela ficou ferido.

Mas finalmente alguém vai pagar por esse assassinato. Conforme relatado pela CNN, os ex-policiais do Rio de Janeiro Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz foram presos em conexão com o assassinato de Marielle Franco e seu motorista. O anúncio foi feito pelo governo do estado do Rio de Janeiro.

Queiroz dirigia o veículo que parou ao lado do carro de Franco. Lessa é acusada de puxar o gatilho. As duas prisões confirmam as suspeitas levantadas desde os primeiros dias, quando se especulou que Marielle havia sido morta por seu ativismo contra a violência policial e assassinatos nas favelas do Rio.

Lessa é policial militar aposentado. Queiroz, também ex-oficial, foi expulso da força em 2011.

Maria Laura Canineu, diretora da Human Rights Watch Brasil, descreveu Franco e Gomes como

“As últimas vítimas de um sistema de segurança que há muito não consegue conter a violência ou garantir justiça para as vítimas. O clima de quase total impunidade no Rio de Janeiro deve acabar de uma vez por todas ”.

Francesca Mancuso

Publicações Populares